CICLOTURISMO: DE CANANÉIA A GRAMADO PARTE 3
Dia 14 de Janeiro – De Laguna SC até Guatá SC - 88 km Saímos bem cedo de Laguna e andamos pela BR 101 em um trecho bastante perigoso com vários pontos de pista simples, de baixo de uma garoa fina e tempo nublado por 20 km até chegar a cidade de Tubarão. Em Tubarão logo achamos a estrada que leva para o interior do estado com destino às cidades de Pedras Grandes, Orleans, e Lauro Muller. No inicio desta estrada paramos em uma padaria para descansar e comer algo, e a chuva que caia mansa resolveu apertar. Depois de 15 minutos na padaria, a chuva passou, e como um toque de mágica o sol apareceu. Voltamos à estrada já sem as capas de chuva e com protetor solar na pele, e com menos de 5 km estrada adentro já se sentia o clima do interior, lugares pacatos e o povo simpático que nos cumprimentava ao longo da estrada. Por todo o trecho a estrada é acompanhada pelo rio Tubarão em um vale, e muitas montanhas altas a sua volta, mas a estrada era plana e nós pedalamos tranqüilos e quando chegamos ao vilarejo de Pedrinhas, já era possível avistar no fundo do horizonte a imponente Serra do Rio do Rastro. Continuamos a pedalar até a bonita cidade de Pedras Grandes, onde paramos em uma lanchonete e ficamos comendo e descansando por quase uma hora. Neste trecho de Pedras Grandes até Orleans pegamos uma estrada de terra, foram cerca de 20 km em uma estrada muito bonita que continuava a seguir o rio Tubarão, com pouquíssimos carros e a estrada estava em boas condições para pedalar. Nesta estrada encontramos uma pequena cachoeira onde o Eliseu e o Mafra aproveitaram para se refrescar. Quando chegamos em Orleans, atravessamos a cidade e fomos direto para Lauro Miller, em uma estrada asfaltada com alguns sobes e desces, tomamos uma garapa na beira da estrada e conversamos com o simpático “tiozinho” da venda. Continuamos a pedalar e já cansados com 80 km rodados neste dia chegamos em Lauro Miller, ali, descobrimos que não havia local para hospedagem e tivemos que pedalar mais 8 km até o distrito de Guatá, local este bem tranqüilo já no pé da Serra do Rio do Rastro. Ficamos em um hotel e da porta do hotel, já víamos a serra bem próxima, já imaginamos as dificuldades do dia seguinte. 15 de Janeiro Guatá até Bom Jardim da Serra – Subida da Serra do Rio do Rastro 33 km Acordamos tarde neste dia devido aos colchões macios que a dias não víamos, arrumamos as bikes com carinho, lubrificamos as correntes, e estávamos ansiosos para a subida da serra, sonhávamos com este dia desde o inicio da viagem, toda subida que subimos até aquele momento sempre nos lembrávamos do dia da “grande subida” brincávamos dizendo que a viagem até ali era apenas um treino para a subida, e ali estávamos nós a poucos quilômetros de realizar a subida. Por volta do meio dia saímos do hotel, e sem pressa fomos deixando o distrito de Guatá em direção a serra, que a cada pedalada crescia a nossas vistas. Não demorou para começarmos as subidas, que de inicio iniciaram mansas. Fomos subindo devagar e as primeiras paisagens começaram a aparecer. Com 4 km de subida passamos por um hotel na beira da estrada, neste local, já se tinha belas paisagens, continuamos subindo e tirando muitas fotos, a cada curva era uma surpresa que a estrada nos reservava. Quando carros ou caminhões passavam sempre desviavam da gente, já que a estrada era estreita tínhamos que tomar cuidado para não corrermos riscos desnecessários. Quase na metade da subida encontramos uma loja com uma bica de água, paramos um pouco e esperamos o Eliseu que vinha um pouco mais atrás. Depois desta loja a subida ficou mais íngreme, neste ponto já havíamos pedalado uns 8 km de subida. Uma neblina forte surgiu e o frio ficou forte nos obrigando a colocar as capas de chuva. Continuamos a subir e dividir o espaço com os caminhões que subiam a serra, sempre desviavam de nós e alguns buzinavam para cumprimentar, os carros de passeio também desviavam e cumprimentavam, admirados com os três malucos que subiam a serra pedalando sorridentes. Na verdade achávamos que as dificuldades de subir a serra seriam maiores, apesar de serem cerca de 16 km de subida, apenas os últimos 7 km são mais íngremes e como subimos devagar e parávamos para curtir as paisagens a todo momento, não nos cansamos. Quase chegando ao mirante paramos em uma lanchonete do lado esquerdo e comemos um lanche, o frio era intenso, e uma garoa fina caia, a neblina era forte e não nos deixava ver 10 metros a nossa frente. De volta a estrada seguimos por mais alguns metros e chegamos no mirante e tivemos dificuldades de achar a lanchonete tamanha era a neblina, tomamos um chocolate quente e vimos o termômetro que marcava 12 graus mas a sensação térmica era menor. Saímos em direção a Bom Jardim da Serra pegamos muitas descidas que com o frio nos fez “bater o queixo”, encontramos uma bela cachoeira ao lado do portal da cidade, aproveitamos para bater fotos e ficar olhando já que com o frio não tinha como encarar um mergulho. Na volta a estrada , não demorou para chegarmos na cidade de Bom Jardim, que é pequena, mas tem alguns atrativos como alguns cânions próximos. Encontramos uma pousada e neste dia nem cogitamos a possibilidade de acampar devido ao frio, depois de subir a serra e pegar 12 graus em pleno verão, nada melhor que cama quente. De noite fomos a uma pizzaria e o Gustavo nos ligou dizendo que estava em Guatá e que no outro dia iria subir a serra e provavelmente nos encontraríamos novamente em Cambara do Sul. **16 de Janeiro – Bom Jardim da Serra até Silveira 65 km ** Saímos da cidade por volta das 10 horas da manhã e ao contrario do dia anterior o tempo estava quente e o sol brilhava. Queríamos chegar neste dia a cidade de São José dos Ausentes, a 84 km, já no estado do RS, mas logo no inicio do dia vimos que seria difícil chegar lá, devida as condições da estrada de terra que tinha muitas pedras, um terreno quase impraticável para as bicicletas, ainda mais cheias de bagagem. Nas subidas era impossível chegar a 5 km por hora e nas descidas era difícil passar dos 20 km por hora, devido as pedras, a trepidação da bicicleta era grande, e não podíamos arriscar a ter um raio quebrado, já que esta estrada era deserta. Cogitávamos neste dia em pegar carona em algum caminhão para adiantar a viagem, mas não vimos caminhão algum durante todo o dia. O que conpensava eram as belas paisagens da estrada, de inicio passamos por plantações de maçã e ameixas, por belos riachos e depois montanhas e pastos de gado e ovelhas foram surgindo as nossas vistas em uma das mais pelas estradas que pedalamos por toda a viagem. Uma placa no inicio da estrada nos indicava Vila de Santo Antonio. Passamos por algumas casas e continuamos pedalando tranqüilos, procurávamos descansar um pouco depois de uma hora seguida em cima da bicicleta, nossa água estava acabando quando resolvemos parar em uma poucas casas que vimos para pedir um pouco de água, uma senhora e um garoto nos atenderam. Na entrada do sitio, um porco enorme que mesmo com cara de bonzinho estava amarrado com uma grossa corrente nos observava, chamando a nossa atenção. Ao conversar com a senhora que quando viu as bikes perguntou de onde vínhamos, respondemos que era do litoral de SP e ela nos perguntou se ara estado de SC ou RS parecia não conhecer o estado de SP. Senhora simples que vive ali naquele local tão isolado dos grandes centros. Para encerrar a conversa perguntou se nós ganhávamos dinheiro ao viajar de bicicleta, e quando ouviu a resposta negativa, disse que jamais faria este esforço pra não ganhar nada. Soubemos ali que o vilarejo de Santo Antonio já havia passado, eram 4 casas que havíamos passado a quilômetros atrás. Nos despedimos da senhora que ainda avisou que São José dos Ausentes era muito longe. Seguimos em frente e não demorou para encontrarmos um pequeno barzinho na beira da estrada dois garotos moradores do local, estavam ali para atender os clientes que pelo movimento da estrada só deve ter sido nós três durante todo o dia. Comemos um empanado e tomamos refrigerante, os meninos se admiravam quando souberam de onde vínhamos, conversamos bastante e matamos a curiosidade dos dois respondendo a muitas perguntas, aproveitamos também para pegar dicas da estrada. Na estrada pegamos muitos morros, passamos pela divisa dos estados após uma ponte, continuamos a subir muito e as placas indicavam “ Rotas dos Campos de Cima das Serras” passamos próximo ao Pico do Monte Negro, o ponto mais alto do estado do RS com 1403 metros de altitude. Pedalamos muito e as condições da estrada não melhoravam, ficamos muito cansados neste dia, próximo ao Distrito de Silveiras a estrada melhorou um pouco, nós chegamos bastante cansado a vila, e descobrimos que ali havia um hotel, estávamos a 20 km de São José dos Ausentes e o pessoal da vila nos avisou que em São José estava tendo festa de rodeio, nós decidimos ficar em Silveiras pois não sabíamos se encontraríamos pousada em São José dos Ausentes e também já estava quase escurecendo. No pousada conhecemos seu Antonio e Dona Maria os proprietários que eram muitos simpáticos, seu Antonio nos levou em uma cachoeira próximo da pousada e dona Maria fez um preço especial para nós, pagamos 30 reais cada, com jantar e café da manhã, jantar este que estava muito bom. A vila de Silveiras tem suas casas de madeira que me fez lembrar a vila de Paranapiacaba próximo a capital paulista. **17 de Janeiro Silveira até Cambara do Sul RS 80 km ** Sabendo que a estrada entre Silveira e Cambara do Sul era de terra e em condições ruins, saímos as 8 horas da manhã neste dia. De Silveiras até São José dos Ausentes eram 20 km de estrada de terra em condições até que boas, mas nas paisagens não eram tão bonitas como a do dia anterior. Chegamos na cidade depois de 1h40 minutos pedalados, fomos ao banco, já que a dias não encontrávamos um, e também aproveitamos para comprar algumas coisas para comermos no caminho. Na saída da cidade pegamos 2 kms de asfalto, mas já estávamos em outra estrada de terra, esta já com muitas pedras, dificultando as pedaladas, esta estrada era bastante bonita, com rios e encontramos uma grande queda de água, chegamos por cima e não tinha como descer para vê-la de baixo, A estrada tinha muitas descidas e subidas continuávamos a pedalar pela “ Rota dos Campos de Cima das Serras” igual no dia anterior. Quando atravessamos a divisa de cidades entre São José e Cambara do Sul, a estrada piorou bastante e voltou a ter muitas pedras como no dia anterior. Não sei como pode uma prefeitura não se importar com as condições das estradas, quase não vimos carros, provavelmente as pessoas evitam trafegar na estrada devido as más condições, para as bicicletas, mesmo equipadas com amortecedor, pneus para terra e muitas marchas, as condições também eram bem ruins. O que seria um trecho tranqüilo se tornou um trecho cansativo demais devido as condições da estrada. A 16 km de Cambara do Sul, encontramos uma fabrica e um posto de gasolina que estava fechado, bem nesta hora, a chuva que ameaçava cair desde o inicio do dia resolveu dar o “ar de sua graça”. O Eliseu sempre o mais otimista do grupo, sempre dizia que o clima estava a nosso favor, desde o inicio da viagem tivemos sorte com o clima. Chovia sempre depois que chegávamos aos lugares, quando quisermos curtir as praias o sol brilhou, na estrada, pegamos vários dias nublados ótimos para pedalar, apenas dois dias pegamos chuva na estrada na BR 101 mesmo assim foi uma garoa fina, e agora depois de termos pedalados 65 km neste dia praticamente sem nenhum abrigo a chuva resolveu cair forte,quando encontramos o posto. Ficamos uma hora ali parados, comemos, e até dormimos por um tempo. Depois a chuva foi embora, e nós também seguimos viagem até Cambará, a estrada continuou com muitas pedras e depois da chuva com um pouco de lama. Pedalamos devagar nossos 16 últimos quilômetros do dia, neste meio tempo até o sol voltou a brilhar. Chegamos a Cambará do Sul por volta das 05h30min da tarde, fomos ao centro de informações turísticas e ali, descobrimos que o cânion Itambezinho ( o mais conhecido e maior da região) fica fechado de segunda e terça feira. Imagine Você. Pedalamos muitos quilômetros sonhando em ver o cânion e ao chegar recebemos esta noticia. Não sei como pode um parque nacional fechar dois dias na semana em plenas férias de verão. Por sorte existem outros cânions tão bonitos e grandiosos quanto o Itambezinho que ficam abertos durante a semana toda. De noite já hospedados em uma pousada familiar, fomos a uma pizzaria e conhecemos Estefano um rapaz que faz passeio de jipe aos cânions e marcamos para conhecer no dia seguinte o cânion Fortaleza. O Estefano já viajou de bike e ao saber que o pneu da bike do Mafra estava rasgado deu a ele um pneu usado. 18 de janeiro Cambara do Sul – visita ao Cânion Fortaleza Após o café meu telefone tocou e era o Gustavo que havia chegado as 11 horas da noite em Cambará, logo ele também estava conosco para visitar o cânion. O cânion Fortaleza fica a 23 km da cidade e a estrada é de terra em condições ainda piores do que as estradas que pegamos nos dias anteriores, por isso achamos a idéia de ir de jipe muito boa, aproveitávamos para descansar e curtir as paisagens sem nenhum tipo de preocupação, e alem disso tínhamos o guia que conhecia tudo da região e nos levou a lugares incríveis. Fizemos um belo passeio a pé pelas trilhas por cima do cânion Fortaleza e ficamos impressionados pela beleza do local. O cânion tem cerca de 7 km de extensão e 400 metros de profundidade, lá em baixo passa um riozinho, e tem varias cachoeiras no cânion. O dia estava claro e pudemos apreciar a paisagem ao longe, realmente o clima estava a nosso favor, só não tivemos esta sorte na subida da serra do rio do rastro, mas ali o visual era perfeito. Na volta a cidade almoçamos em um restaurante muito bacana, e de tarde fomos de bike a uma bela cachoeira próxima ao centro, a queda com 16 metros tinha um poço para banho e nós aproveitamos o final da tarde. De noite jantamos e arrumamos as bikes, o Eliseu, desmontou sua bike para ir de ônibus para campinas a sua jornada de bike acabava ali, devido a compromissos com o trabalho. Eu, Mafra e o Gustavo iríamos no dia seguinte para Gramado. 19 de janeiro Cambará do Sul até Gramado 125 km Acordamos cedo dispostos a encarar os mais de 120 km de pedal até a cidade de Gramado. O Eliseu foi pagar o ônibus para Campinas, nos despedimos dele que foi um grande companheiro de viagem e pouco antes das 9 horas da manhã saímos em direção a Gramado. O dia estava ótimo para pedalar sem o sol forte, mas um vento lateral nos atrapalhava um pouco, na saída de Cambara do Sul pegamos varias descidas, todo o trecho até Gramado iria ser de asfalto, e com a estrada com pouco movimento foi tranqüilo desenvolver boa velocidade. Eu e o Mafra na ânsia de chegar neste dia a Gramado pedalamos forte, deixando o Gustavo que pedalava em ritmos mais tranqüilo um pouco para trás. Com 20 km pedalados neste dia chegamos a marca de 1000kms pedalados na viagem, ficamos bastante contentes por chegar a esta marca e comemoramos em uma lanchonete no distrito de Tainhas com uma coca gelada. Esta lanchonete a beira da estrada foi a única que encontramos em três horas pedaladas, a estrada era muito pacata, com poucos movimento, em Tainhas pegamos outra estrada em direção a cidade de são Francisco de Paula, esta estrada não tinha muito transito, mas tinha acostamento, mas o asfalto já não era tão bom como o da outra estrada. Nesta estrada o vento lateral já começou a incomodar, muito sobe e desce até chegarmos à entrada de são Francisco de Paula, por volta da 1hora da tarde, logo na entrada da cidade fizemos um lanche na porta de uma venda. Neste momento já havíamos pedalado 70 km neste dia. Voltamos a estrada e depois de 2 quilômetros entramos em outra estrada que nos levaria a cidade de Canela, foi ai que o vento que era lateral se virou contra nós e tivemos muita dificuldade de pedalar até mesmo nas descidas o vento nos brecava bastante. Por outro lado esta estrada era muito boa, o acostamento era de asfalto liso, isso nos ajudava, mesmo assim as subidas eram muitas. Depois de muito pedalar chegamos na cidade de Canela as 4:30 da tarde, paramos em uma lanchonete e um temporal se iniciou, mais uma vez a chuva esperou nós arrumarmos um bom abrigo para cair. Na lanchonete o proprietário se entusiasmou com as distancias que havíamos percorrido para chegar ali e nos fez muitas perguntas. Ficamos em canela por mais de uma hora até a chuva acalmar e saímos debaixo de uma garoa, pedalamos os últimos 6 km de nossa viagem por uma larga avenida entre as cidades de Canela e Gramado, nesta avenida, as duas cidades se confundem, muitas lojas de chocolate e belos hotéis em estilo chaimel apareceram, e nós sem perceber já estávamos pedalando na cidade de Gramado. Comemoramos nossa chegada a cidade, encontramos com o Gustavo e fomos para o camping. A 200 metros antes do camping o pneu da minha bicicleta estourou, não agüentou o peso dos alforjes depois de 1100 kms pedalados durante toda a viagem. Ironia do destino cheguei a ultima hospedagem da viagem empurrando a guerreira bicicleta que ali me deixara na mão. Depois de arrumar um chalé no camping a um bom preço conhecemos o belo centro da cidade nós três ficamos impressionados com a beleza da cidade, belas construções e ruas limpas comemos na rua coberta e voltamos para o camping dormir depois de pedalar 125 km neste dia. Dia 20 de janeiro Gramado Apesar do dia chuvoso, fomos a pé conhecer a cidade, comprei outro pneu para colocar na bike já que o atual havia rasgado. Caminhamos pelo centro, e aproveitamos para comprar as passagens de ônibus para o dia seguinte, comemos em um pelo restaurante com rodízio de massas ( acho que o mais chique de toda a viagem). No final da tarde pegamos um ônibus até a estrada que leva para a cachoeira do Caracol em Canela, mas no ponto descobrimos que o parque fechava as 5 horas da tarde, então decidimos caminhar pela avenida e aproveitamos para conhecer uma das lojas de chocolate.de volta ao camping arrumamos a minha bike. De noite fomos dormir cedo. Dia 21 de janeiro Gramado Fomos cedo de bicicleta para a cachoeira do Caracol, que ara uns 13 km de distancia em estrada asfaltada em poucos minutos já estávamos em frente ao Parque do Caracol e para entrar tivemos que pagar 10 reais ( coisa que não concordo). Conhecemos a bela cachoeira do caracol e descemos aos pés dela, por uma escadaria com mais de 700 degraus deu canseira para subir tudo de volta, mas valeu a pena. Em ritmo forte voltamos ao camping para arrumarmos nossas coisas e pegar o ônibus para Caxias do Sul e depois as 4:20 da tarde outro ônibus de Caxias pra São Paulo. Eu e o Mafra fomos pra SP e o Gustavo aproveitou para passar uns dias em Curitiba. Não tivemos problemas para embarcar as bikes na viação Citral ( de Gramado até Caxias do Sul). E tambem no ônibus da viação Penha que levou eu e o Mafra pra SP. O Gustavo não teve problemas para embarcar sua bike no bagageiro do ônibus da empresa Reunidas para Lages e depois pagou 5 reais para embarcar o ônibus pela empresa Catarinense entre Lages e Curitiba. Depois de 16 horas dentro do ônibus eu e o Mafra chegamos em SP não tive problema para embarcar a bike montada no bagageiro da empresa Cometa e o Mafra tambem não teve dificuldades para colocar a bike no bagageiro da empresa 1001 entra as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Mais uma viagem realizada, novas cidades e estados conhecidos em cima de uma bicicleta, muitas alegrias, encontros e alguns perrengues, após 27 dias e depois de 1100kms pedalados na estrada, estava de volta ao lar e tenho certeza que valeu muito a pena, espero que outras aventuras venham com meus companheiros de pedalada. E fica a certeza que o espírito de novas aventuras esta vivo em minha mente. Agradecimentos mais que especiais Aos amigos Roberto Mafra, Eliseu Stefani e Gustavo Amorim por encarar esta viagem comigo, pela companhia e solidariedade nestes dias. Agradecimentos Ao divertidíssimo Nelson Muller e sua família que nos receberam tão bem em sua casa em Guaratuba PR Aos amigos da web que nós deram muitas dicas entre eles Aramis e Alessandro que nos deram dicas importantes sobre trechos da viagem. A toda a galera que encontramos pela estrada e nos campings entre eles: galera na Ilha do Superagui, Pessoal do Camping Pedra do Urubu na Guarda do Embau, ao Adegmar e Família e a muitos outros que fizeram parte desta historia. Abraços a todos André Alécio
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