CAMINHO DA FÉ DE BICICLETA - Dia 9
por André Alécio Campos do Jordão até Aparecida 80 km de pedal Acordamos com um belo dia de sol, que a tempos não víamos, nos despedimos do Warley que saiu na frente. Seguimos a dica do Edson e da Marilda e não fomos pelo Caminho da Fé, já que ele segue por trilhos de trem e não deve ser muito viável para ir de bicicleta por ali, descemos a serra pelo asfalto, já que tem um bom acostamento. Iríamos dar uma desviada no meio da descida para conhecer a estação de trem em Santo Antonio do Pinhal. Depois de nos despedirmos do Edson e da Marilda que foram muito atenciosos conosco, saímos em direção a rodovia, pedalamos pela avenida de Campos do Jordão que é plana e saímos da cidade, não demorou para iniciarmos a descida. Logo no inicio, uma parada em um mirante, onde a paisagem era muito bonita. Voltamos a descer a serra e a velocidade era em torno de 40 ou 50 quilômetros por hora, sem pedalar ou fazer qualquer esforço. No portal da cidade Campos do Jordão Chegamos ao trevo para Santo Antonio do Pinhal onde pegamos uma subida bem íngreme de um quilometro até chegarmos à estação de trem Eugenio Lefévre, onde tem um visual muito bonito, e um bolinho de bacalhau delicioso. O Caminho da Fé passa pela estação, vimos as placas e as setas amarelas, mas voltamos ao asfalto e pegamos a rodovia, que se torna um pouco mais íngreme com um túnel, a velocidade foi boa até chegarmos em um plano onde pegamos uma outra estrada que leva a Pindamonhangaba e Aparecida, neste trecho já voltamos a encontrar as setas amarelas, estávamos novamente no Caminho da Fé. Foi no inicio dessa estrada que encontramos mais dois cicloturistas, que também estavam fazendo o caminho dês de São Carlos, conversamos e saímos todos juntos, mas não demorou muito para o casal parar para tirar fotografias, nós três, eu, Mafra e Alexandre continuamos a pedalar, a ansiedade de chegar era grande e acabamos deixando o casal que vinha em um ritmo mais tranqüilo para trás. Estação Eugenio Lefévre Neste trecho, próximo a Pindamonhangaba o Caminho da Fé não tem tantas atrações, ele passa por estradas asfaltadas, em alguns trechos sem acostamento e movimentada, passamos pela cidade de Pindamonhangaba e seguimos pela estrada onde neste trecho tinha uma ciclovia, isso fez, com que ficasse-mos mais tranqüilos, em relação ao transito. Foi na ciclovia que tivemos mais um pneu furado na viagem, desta vez por incrível que pareça não foi a bicicleta do Mafra e sim a bicicleta do Alexandre que até então não havia apresentado nenhum furo de pneu dês da cidade de Tambaú. Paramos para arrumar o ultimo pneu furado da viagem. Rapidamente estávamos pedalando novamente, agora um forte vento a favor nos empurrava em direção a Aparecida, pedalamos com muita vontade e determinação e entrando na cidade de Aparecida encontramos os peregrinos caminhantes que havíamos encontrado nas proximidades da cidade de Borda da Mata. Na descida da serra a paisagem é linda Aqui já estávamos proximos Chegamos na basílica e apesar de não ter feito o caminho por fé, a emoção foi grande pois a tempos sonhávamos com esta chegada, realmente a beleza da arquitetura da basílica impressiona, a fé e devoção por Nossa Senhora Aparecida, é algo presente nas pessoas que ali vão, para rezar e agradecer graças alcançadas. Ainda no estacionamento encontramos mais gente que estava chegando de bicicleta por ali, dois rapazes vindos de Campinas pela rodovia D. Pedro vieram conversar conosco, e mais um rapaz cicloturista que estava de carro com a família também veio bater um papo com agente, devido as bikes carregadas com alforje chamávamos a atenção. Foto comemorativa em frente a basilica Fomos até a secretaria da basílica para pegarmos o certificado do peregrino (5 reais). E encontramos o casal de cicloturistas que havíamos encontrado no caminho, Felipe e sua amiga Dida (veja relato do Felipe sobre o Caminho da Fé). Depois nos dirigimos à rodoviária que não fica muito longe da basílica. Eu e o Alexandre compramos a passagem para São Paulo e o Mafra foi para o Rio de Janeiro, pegaram o ônibus conosco o Felipe e sua amiga. Não tivemos problemas para colocar as 4 bicicletas ( sujas e carregadas com alforje) no bagageiro do ônibus da empresa Pássaro Marrom. Chegamos em São Paulo nos despedimos do Felipe e sua amiga e pegamos outro ônibus para Jundiaí, também não tivemos problemas para colocar as bikes montadas e com bagagem no bagageiro do ônibus da empresa Cometa. Por volta das 8h30 estava chegando em casa, cansado mais muito feliz por ter terminado mais uma cicloviagem. O belo Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida Dicas sobre o Caminho da Fé
- Esteja preparado fisicamente para fazer o caminho, são muitas as serras que você vai encontrar.
- Fomos tratados muito bem em todas as pousadas e Hotéis, mas nas pousadas especificas para peregrinos percebemos um carinho especial.
- Experimente a culinária dos locais que o caminho passa, destaque para o pastel de milho e biscoito de polvilho em Tocos do Mogi, bolinho de bacalhau na estação Eugenio Lefevre. Das frutas que encontrará em muitas plantações pelo caminho (morango na cidade de Estiva, Laranja na cidade de Casa Branca, cana em Tambaú, entre outras plantações do caminho) leve uma faquinha para descascar laranja.
- Fazer um bom planejamento e fazer paradas em lugares estratégicos é indispensável para não passar por maiores dificuldades no caminho. Algumas distancias apesar de curtas tem muitas serras que vai demorar muito tempo para serem percorridas. Mesmo que planeje pedalar somente de dia, leve uma lanterna.
- Tem pessoas que fazem o caminho saindo de Tambaú em 4 ou 5 dias, se você tiver tempo e não for um atleta, procure ficar mais dias pelo caminho, aproveite a oportunidade para conhecer lugares e pessoas por onde caminho passa.
- O caminho é muito bem sinalizado esteja atento as setas amarelas, que não terá problemas
- Ferramentas, óleo lubrificante, câmaras de ar, e uma bicicleta mountain bike de no mínimo 21 marchas em boas condições, são indispensáveis para seu conforto e tranqüilidade.
- Se tiver tempo vá a Pedra do Baú o caminho passa a apenas 4 quilometros dela, você estará muito próximo para perder esta oportunidade.
- Evite meses que chovem muito, nós pegamos chuva mesmo em julho que é um mês de seca e tivemos dificuldade extra, principalmente nas estradas de terra.
- Leve somente o necessário para a viagem, um quilo a menos na bagagem já faz muita diferença na subida das serras.
- Em todas as pousadas e hotéis que paramos tinham toalhas e cobertores.
- Respeite o povo local e suas crenças, não jogue lixo ao longo do caminho. (vimos muitos pacotes de carbo em gel pelo caminho).
- Vá sem pressa e boa viagem.
Agradecimentos Aos amigos de pedal em especial ao Alexandre Oliveira que aceitou o convite de pedalar comigo no Caminho da Fé e foi um grande companheiro, tendo também determinação para encarar as inúmeras serras pelo caminho. Roberto Mafra, que foi mais um grande companheiro na viagem, Marcelo, e Wagner que pedalaram juntos conosco por 3 dias, Juliana que ao chegar em casa fiquei sabendo que cumpriu sua jornada até a cidade de Borda da Mata e só não continuou devido as chuvas, ao pessoal de Pirassununga que pedalaram alguns quilômetros com agente. Ao Felipe e a Dida cicloturistas paulistanos que encontramos no ultimo dia. A todos os proprietários e funcionários dos hotéis e pousadas que nos acolheram tão bem em especial a D. Natalina (Serra dos Limas). As senhoras de Casa Branca, que não me lembro o nome mas foram pessoas muito hospitaleiras, ao Marcio (pousada Barão Montês em Campista), Seu Almiro, que nos atendeu muito bem na sede do Caminho da Fé (Águas da Prata), e ao casal Edson e Marilda (Pousada Refugio do Peregrino em Campos do Jordão). Agradecimentos também ao companheirismo dos poucos mas muito determinados peregrinos caminhantes que encontramos em especial ao Warley que estava em sua terceira jornada no Caminho da Fé, sendo a primeira a pé. Assista ao vídeo do 9º Dia do Caminho da Fé de Bicicleta [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=k-WUpTII_LM[/youtube]
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