CAMINHO DA FÉ DE BICICLETA - Dia 4

por André Alécio Serra dos Limas até Borda da Mata 61 km de pedal Saímos bem animados da pousada da dona Natalina, não antes de limpar e lubrificar as correntes das bikes, o dia estava muito bonito e sabíamos que os primeiros quilômetros seriam de descida até o vilarejo de Barra. Despedimo-nos de Dona Natalina que tão bem nos acolheu, e seguimos em frente, de inicio tem uma pequena subida, depois muitas descidas até Barra que é um distrito de Ouro Fino. O visual da descida é lindo e tivemos que fazer mais uma parada para trocar o pneu da bike do Mafra, este pneu ainda nos daria muito trabalho pelo caminho. Estávamos ficando craques em arrumar pneus, mas esta parada tinha uma vista sensacional, e não sabíamos se primeiro trocávamos o pneu ou fotografávamos as paisagens. Depois de arrumarmos o pneu continuamos descendo a estrada que é bem técnica em alguns pontos e chegamos a Barra, fomos na Pousada Tio João onde fomos bem atendidos pela Joelma, carimbamos a credencial, conversamos um pouco, ela nos disse que a maioria dos ciclistas que passam ali tem sempre muita pressa e nem sentam para tomar um copo de água, num sei até onde é interessante fazer uma viagem como esta com pressa, já que uma das melhores coisas que uma viagem de bicicleta nos trás, é o contato com as pessoas, principalmente em lugares do interior. Próximo a Barra Próximo a Barra Em seguida saímos do vilarejo e um morro forte e bem íngreme logo na saída nos deu canseira, tivemos que empurrar as bikes por alguns quilômetros montanha à cima. Depois encontramos uma cachoeirinha e um ponto de água potável, são vários pontos de água potável ao longo do Caminho da Fé, muito bom encontrá-los e sempre conhecemos pessoas amigas e hospitaleiras que abrem suas propriedades para receber os peregrinos. O caminho seguiu subindo até um plano onde havia cafezais, o visual era lindo, muitas montanhas a perder de vista, daí descemos para uma fazenda muito bela, e depois de pedalar chegamos em Crisólia onde carimbamos a credencial no Restaurante da Zeti. Mais uma pessoa muito bacana que recebe os peregrinos. Pedalamos por uma estrada, mais larga e com poucas subidas, até chegarmos na cidade de Ouro Fino e encontrarmos a escultura do Menino da Porteira, foi parada obrigatória para tirar fotos, além de nós, muitos carros paravam ali para fotografar o menino que deve ter mais de 20 metros de altura e chama a atenção de quem passa pela estrada. Almoçamos em um restaurante por 8 reais no sistema coma a vontade (mais uma vez comida boa e barata) as bikes ficaram guardadas dentro de uma garagem fechada ao lado do restaurante. Menino da Porteira Menino da Porteira Depois de um bom almoço, saímos pedalando, minha gripe acabou me preocupando um pouco, pois ficou mais forte e comecei a sentir muito cansaço, mas fui pedalando tranqüilo, para um dos trechos mais tranqüilos de todo o Caminho da Fé até aquele momento, apesar de ser estrada de terra, as condições são boas, e muitos planos e descidas até chegar a cidade de Inconfidentes, onde a parada no bar do seu Maurão ( peregrino que já fez o caminho até Aparecida por 20 vezes) é obrigatória, não apenas para carimbar a credencial, mas também pela conversa. Seu Maurão nos avisou que até Borda da Mata a estrada é tranqüila, apenas um morro mais forte. Já na estrada vimos que o Maurão realmente tinha razão, na saída de Inconfidentes o caminho vai por uma estrada de asfalto, mas depois de uns 2 km entra em uma estradinha de terra bem tranqüila e assim vai até próximo do km 14 onde aparece uma subida mais forte, depois continua tranqüilo e se pega apenas mais uma subida um pouco mais forte, o caminho de Inconfidentes até Borda da Mata é tranqüilo em 2 horas se faz. Foi neste trecho que encontramos pela primeira vez com peregrinos caminhantes. Parada para uma boa conversa e tirar fotos com o pessoal foi inevitável. O simpático Sr. Maurão O simpático Sr. Maurão Com os peregrinos caminhantes Com os peregrinos caminhantes Chegamos à cidade por volta das 5 horas da tarde e nos hospedamos no Hotel Vilage. Hotel central que atende além dos peregrinos muitos viajantes que estão a trabalho pela região. Cada um ficou em um quarto, que eram bons com tv e banheiro. De noite fomos jantar de baixo de chuva e a preocupação com a situação das estradas no dia seguinte começaram. Por volta das 22 horas fomos dormir já que a cidade estava vazia acho que todos preferiram ficar em suas casas devido à chuva… No caminho para Borda da Mata No caminho para Borda da Mata Assista ao vídeo do 4º Dia do Caminho da Fé de Bicicleta [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=SzhdcNV_6VE[/youtube]