AIURUOCA - MG
A-I-U-R-U-O-C-A. De primeira, o nome pode ser complicadinho de pronunciar, mas logo você se acostuma, cria apelido e dá tudo certo. Aiuruoca significa, em tupi, “Casa de Papagaio”. Na casa de papagaio dos aiuruocanos e dos turistas, você pode aproveitar dezenas de cachoeiras, corredeiras, picos, trilhas, montanhas, bosques de Araucárias, entre outras atrações. A cidade tem mais de 6 mil habitantes, segundo o IBGE (2007), e é considerada um paraíso para os ecoturistas, com temperatura média anual de 23 ºC. Ela é ótima também para todos que gostam de cidades pequenas e aconchegantes. As belezas naturais são maravilhas para aproveitar caminhando mesmo. Se a viagem é para curtir a natureza e ter tranquilidade, com a ajuda do seu povo simples e acolhedor, Aiuruoca faz a sua parte para você ter experiências incríveis. De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (SEDESA) de Aiuruoca, o número de visitantes por ano chega a ultrapassar os 10 mil, com exceção do período do Carnaval Antecipado. “Ainda é pouco pelo nosso potencial, mas estamos estruturando o município para que possamos atender melhor os turistas”, disse o Secretário da SEDESA, Javan dos Santos Senador.
Cachoeira na região do vale do Matutu. Foto: Marcelo Salles
A cidade está localizada no sul de Minas Gerais, na Serra da Mantiqueira, ao pé do Pico do Papagaio, distante 400 quilômetros da capital Belo Horizonte. Possui mais de 50% do seu território dentro da APA da Serra da Mantiqueira. Além dela, há também, em grande parte do seu território, o Parque Estadual da Serra do Papagaio. Por isso, ao chegar, procure a Associação dos Guias de Aiuruoca-MG (AGUIA) e contrate um deles para acompanhá-lo durante os passeios. Além ser uma questão de segurança é também questão de cuidado com o meio ambiente. Segundo o secretário da SEDESA, o Parque Estadual da Serra do Papagaio será reformulado e receberá uma atenção especial nos próximos anos, como regularização fundiária por parte do Estado, redefinição dos limites e estruturação turística. “De todas as unidades de conservação geridas pelo Governo do Estado que possuem pendências, o Parque Estadual Serra do Papagaio é o de prioridade 1”, afirmou. De acordo com a SEDESA, há planos da prefeitura em melhorar a infraestrutura básica da cidade, de hotéis e de pousadas, de restaurantes, assim como no que diz respeito às informações aos turistas que visitam a cidade.
ACESSIBILIDADE
A cidade peca no quesito acessibilidade. O visitante que tiver algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida encontrará dificuldades na cidade, mas o secretário Javan prometeu que há projetos para melhorar essa situação. De acordo com ele, “o fato de Aiuruoca ser uma cidade tricentenária, ela possui alguns desconfortos para as pessoas com algum tipo de deficiência, como ruas, calçadas de pedras e prédios públicos ainda sem acesso cômodo para esse público. Mas estamos em busca de promover a acessibilidade desses pontos”.
MEIO AMBIENTE
Aiuruoca está entre os quatro municípios de Minas Gerais com mais de 20% da cobertura vegetal nativa.
De acordo com o secretário da SEDESA, dentro dos limites do município, Aiuruoca tem área no Parque Estadual Serra do Papagaio, APA Serra da Mantiqueira e ainda é o município de Minas com maior número de Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN’s homologadas. A cidade tem a colaboração de ONG’s e dos próprios proprietários de terras, que entendem a necessidade da preservação ambiental. A Fundação Matutu e a Amanhágua, ONG’s sediadas no município, atua incisivamente em projetos e programas ambientalistas e de apoios aos pequenos e médios produtores para práticas ambientalmente corretas.
Flora local. Foto: Marcelo Salles
COMO CHEGAR / TRANSPORTE NA CIDADE
A Casa da Cultura é o centro de informações da prefeitura. Você consegue qualquer informação dos serviços oferecidos aos visitantes através do telefone (35) 3344-1907. Alguns autônomos, como taxistas, fazem o transporte de turistas, mas na maioria dos casos, utilizam os próprios veículos ou se hospedam em regiões como o Vale do Matutu e dos Garcias onde existem muito atrativos naturais e que não há tanta necessidade de locomoção em veículos.
ONDE FICAR
São aproximadamente 600 leitos distribuídos em 26 meios de hospedagem (segundo a SEDESA). Hoje, com a migração de Aiuruoca para o Circuito Terras Altas da Mantiqueira, serão criados cursos de qualificação dos profissionais da área, além de ser um circuito bastante ativo e que facilita o contato entre instituições financeiras com os empreendedores para a melhoria dos estabelecimentos. Saiba mais através do telefone (35) 3344-1907
Camping em Aiuruoca
Camping da Tati Estrada do Matuto Km 11 (35) 9822-9019
Camping Alquimia Estrada Aiuruoca / Alagoa Km 5 (35) 3344-1461
Camping Morro do Sol Campina (35) 9918-5605 / 3366-1457
Pousadas em Aiuruoca
Pousada Ajuru (centro) faz passeios para as cachoeiras. Telefone: 35 3344-1601
Pousada Pedra Fina (vale do Matutu) Telefone: 31 9977-5435
Hospedaria Mandala das Águas (Vale do Matutu) telefone: 35 9948-5650
Pousada da Serra (Vale dos Garcias) Telefone: 35 3344-1233
O QUE FAZER EM AIURUOCA
Há passeios que são feitos com guia (presença obrigatória) e outros sem – devido a facilidade do acesso. Segundo a SEDESA, os atrativos mais procurados pelos visitantes são o Vale do Matutu com suas dezenas de cachoeiras, clima agradável e fauna e flora preservados; o Vale dos Garcias, sendo a Cachoeira dos Garcias o principal atrativo desta região e o Pico do Papagaio, cartão-postal de Aiuruoca que se eleva aos 2.100 metros de altitude. “O Parque Estadual da Serra do Papagaio receberá atenção especial durante os próximos anos: haverá uma estruturação para receber mais e melhor os turistas que visitam Aiuruoca”, disse o secretário.
Cachoeira proxima ao vale do Matutu. Foto: Marcelo Salles
Para aproveitar melhor os passeios é bacana que você busque uma agência de viagens local.
CARNAVAL ANTECIPADO
As festividades do Carnaval Antecipado atraem “milhares de foliões pelo fato de ser o mais tradicional carnaval antecipado da região e o primeiro do Brasil”, disse o secretário Javan. As comemorações carnavalescas acontecem sempre na semana anterior da data oficial. “Nesse ano de 2012, chegamos na 74ª edição do Carnaval Antecipado de Aiuruoca. A cidade receberá, na data oficial do carnaval, um grande número de visitantes, basicamente os que fogem da agitação, pois na data oficial do carnaval não há comemorações carnavalescas”, disse.
SEMANA SANTA
A Semana Santa também é uma época de grande movimento na cidade. O perfil costuma ser de turistas que buscam descansar, ter contato com a natureza, aventura e também aqueles que querem ver as cerimônias da Semana Santa. Desde a primeira metade do século XVIII a Semana Santa é realizada ininterruptamente e ainda preserva ritos daquela época.
PICO DO PAPAGAIO
Formação rochosa com mais de 2 mil metros de altitude e de formas delicadas. O Pico do Papagaio pode ser feito em um único dia. Um dos seus acessos é pelo Vale do Matutu. A trilha não é bem definida durante todo o trajeto. É importante a presença de um guia.
CACHOEIRA DOS GARCIAS
Ela é um dos atrativos mais procurados e visitados de Aiuruoca. A Cachoeira dos Garcias é uma queda d’água que possui 25 metros de altura e termina em uma grande piscina natural de águas límpidas.
CIRCUITO ESTRADA REAL
Aiuruoca faz parte da Estrada Real, caminho trilhado pelos colonizadores durante o ciclo do ouro em Minas Gerais que transportavam riquezas e mercadores até o Rio de Janeiro, capital da colônia na época. Atualmente, essa estrada abrange 177 municípios e virou atração turística (desde 2001). Nela, você pode aproveitar várias atrações como museus, reservas ecológicas, esportes radicais, ecoturismo, construções coloniais, igrejas, entre outras maravilhas desse trajeto.
MUSEU MUNICIPAL DR. JÚLIO ARANTES SANDERSON DE QUEIROZ
Aqui você vai conhecer melhor a história de Aiuruoca. O acervo do Museu Municipal Dr. Júlio Arantes Sanderson de Queiróz é um espaço que tem as mais variadas obras de arte expostas sem vínculo cronológico, temático ou técnico. Isso segue a linha de museus com a origem nos “Gabinetes de Curiosidades” dos séculos XV e XVI.
Informações: www.aiuruoca.mg.gov.br/sobre/museu
SANTUÁRIO
Situado na sétima pedra do Pico do Papagaio, o espaço está cercado por rochas com formações e agrupamentos simétricos (o que parece até que elas foram “colocadas”). As sete pedras que estão no local têm, aproximadamente, 15 metros (cada uma, em que é possível praticar rapel. Há também trilhas para escalada, com nível de dificuldade V. Há pessoas que dizem que o Santuário é um local místico. Por não haver sinalização nas trilhas, para chegar lá, é preciso ir com um guia.
Acesso mais utilizado:
A partir do Retiro dos Pedros, Pico do Papagaio ou Pedra Quadrada com caminhada de 1 hora.
Fonte: Inventário Turístico de Aiuruoca
MORRO DO RINCÃO
É uma montanha com altitude elevada. Seu cume é revestido por campos de altitude. As faces laterais do morro são cobertas de mata densa. O Morro do Rincão é utilizado para passeios e como mirante na região.
Acesso mais utilizado: até o Sítio do Renato, por estrada. Após trilha de cavaleiro ou a pé.
Fonte: Inventário Turístico de Aiuruoca
PEDRA DO SOL – SERRA DO PAIOL
A Pedra do Sol é uma montanha com formação rochosa em forma de pico. É uma atração para você fazer escaladas e esportes radicais. Localiza-se em uma área do Parque Estadual do Pico do Papagaio.
Acesso mais utilizado: Até o Sítio do Renato acesso de carro. Após, trilha do caminho de cavaleiro. Fica em área do Parque Estadual Pico do Papagaio.
Fonte: Inventário Turístico de Aiuruoca
PICO DO BANDEIRA
Para chegar ao local é preciso de um guia. O transporte só é possível com moto, carro 4X4 ou trator. O acesso é fácil com uma caminhada de aproximadamente 30 minutos a partir do Retiro dos Pedros. Ao chegar, você verá muros de pedra feitos pelos escravos. Vista de 360 graus.
Acesso mais utilizado:
Saindo da praça central em direção ao trevo e andando por cinco quilômetros entra-se à esquerda em estrada de terra precária percorrendo mais 12 quilômetros até a estrada ficar intransitável só por carros 4x4. Daí são mais cinco quilômetros de trilha de nível médio. Fonte: Inventário Turístico de Aiuruoca
CACHOEIRA DAS FADAS Foto: Javan dos Santos Senador
Ela é uma queda d’água de pequeno porte, cercada de mata atlântica, com poço propício para imersão com 2,5 m de profundidade, água limpa e cristalina. A melhor hora para banho é mais ou menos às 12 horas.
Acesso mais utilizado: Saindo da Praça Monsenhor Nágel, em direção do Matutu, por 18 quilômetros, parando no Casarão do Matutu e seguindo à pé por trilha fácil por cerca de 300 metros.
Fonte: Inventário Turístico de Aiuruoca
CACHOEIRA DO DEUS ME LIVRE – NÚCLEO CAPOEIRA GRANDE
O caminho de acesso é considerado fácil, mas recomendamos que você vá acompanhado por um guia. Se quiser visitar todas as quedas, ele será imprescindível. Apesar do grande fluxo de visitantes, a cachoeira está em ótimo estado de conservação. Isso graças ao trabalho dos guias locais que recolhem o lixo que as pessoas costumam deixar no local. Na primeira e terceira cachoeiras é possível efetuar o “canyoning” (rapel em cachoeira). O acesso às quedas, após a primeira, precisa de um guia e muita cautela. O complexo Deus Me Livre é composto por três quedas d’água com aproximadamente 15 metros (cada queda). Cercada por mata por ambos os lados, por isso, existe a chance de aparecer animais silvestres. A primeira queda (de baixo para cima) apresenta uma excelente piscina natural, propícia ao banho e ao mergulho. Sua queda forma uma “caverna” – atrás dela. As outras duas apresentam piscinas naturais menores, ótimas para o banho. A água corre por cima de pedras desde o início até o fim, fazendo com que o vapor d’água umedeça o local e os vegetais das margens. Acima da terceira queda, formam-se inúmeros poços e duchas, onde se pode nadar e tomar banho também.
Acesso mais utilizado: Partindo da Praça Monsenhor Nágel, segue-se em direção à Alagoa, por estrada de terra de 4 km até a fazenda do Dr. Badóglio. Daí em diante, segue-se por uma trilha a pé (10 min.). Tanto o caminho quanto o grau de dificuldade não apresentam problemas. Fonte: Inventário Turístico de Aiuruoca
Foto: Javan dos Santos Senador
CACHOEIRA DOS GARCIAS – NÚCLEO VALE DOS GARCIAS
Com cerca de 30 metros de queda livre de água cristalina, a Cachoeira dos Garcias é formada pela união de dois ribeirões: um que nasce no Retiro dos Pedros e outro que nasce no Alto do Cidinho. A partir da cachoeira forma-se o Ribeirão do Papagaio que deságua no Rio Aiuruoca. Onde cai a cachoeira, forma-se um tanque arredondado de 10 metros de diâmetro, próprio para banho e mergulho, apenas para pessoas experientes, já que a profundidade pode chegar a cinco metros. Com aproximadamente 22 metros de queda livre de água cristalina, a Cachoeira dos Garcias forma um tanque arredondado de 10 metros de diâmetro, por até 5m de profundidade. Ela está situada na Serra dos Garcias e no Ribeirão do Papagaio. O proprietário informa que em breve o acesso à Cachoeira dos Garcias será controlado em períodos de maior fluxo de visitantes, inclusive com cobrança de ingressos. Existem grampos de ancoragem no local para a prática do “canyoning”.
Acesso mais utilizado: Saindo da cidade pelo asfalto, após o Bairro da Raia, acesso de terra à esquerda, até a Serrinha, dobrar à direita e seguir sempre em frente por mais 6 quilômetros, sentido Retiro dos Pedros. Fonte: Inventário Turístico de Aiuruoca
RETIRO DOS PEDROS
É recomendável a presença de um guia. O acesso ao atrativo é considerado uma das mais emocionantes trilhas “off road” da região. O local também é ótimo para o “camping” principalmente no inverno. O clima no atrativo é frio, podendo, no inverno, atingir temperaturas de -7 °C, geando constantemente. Atrativo situado a 2.200 metros de altitude. Cercado por campos de altitude, pequenas matas e montanhas, ele se resume em um grande planalto. Os muros construídos por escravos cercam o local que foi muito utilizado como retiro na época. O Retiro dos Pedros apresenta vários mirantes naturais. Aqui você encontra o ponto mais alto do município, o Pico do Bandeira, com aproximadamente 2.357 metros de altitude.
Acesso mais utilizado: Saindo da Praça Monsenhor Nágel em direção ao trevo, entrar à esquerda no km 5 (estrada de terra). Siga em direção à Fazenda do Dr. João. Na 1ª e 2ª bifurcações, entrar à direita e seguir em frente. Após a placa “Fim da Picada”, somente carros 4X4 conseguem seguir. A trilha termina no atrativo. Fonte: Inventário Turístico de Aiuruoca
Como chegar de ônibus em Aiuruoca
Para chegar de onibus na cidade de Aiuruoca a melhor opção é ir até a cidade de Caxambu, de lá pegar onibus da viação Sandra até Aiuruoca nos seguintes horarios: Segunda a Sexta 10:00 - 18:20 Sábado e Domingo 18:20 Horários de ônibus de Aiuruoca para Caxambu Segunda a Sexta 05:20 - 11:15 Sábado 05:20 Domingo 06:20 obs: A viagem entre Caxambu e Aiuruoca leva em torno de 1h20
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