CAMINHO DA FÉ DE BICICLETA - Dia 3

por André Alécio Águas da Prata até Serra dos Limas 49 km de pedal Acordamos cedo neste dia e bem cansados devido ao dia anterior, agora tínhamos mais amigos para continuar a viagem, Juliana de SP capital, Mafra de Niterói RJ, Marcelo de Santo André SP, e Wagner de Bauru, todos muito gente boa, foram se encontrando na estrada e se unindo para fazerem juntos o caminho, Wagner e Mafra haviam saído de São Carlos, Marcelo saiu de Porto Ferreira, apenas a Juliana estava em seu primeiro dia de viagem, já havíamos conversado por MSN e tínhamos combinado de nos encontrar em Águas da Prata. O Mafra foi outro que conversei antes da viagem através do Orkut e sabia que provavelmente também o encontraria no caminho. Galera reunida na frente da sede do Caminho da Fé Galera reunida na frente da sede do Caminho da Fé Marco do caminho Marco do caminho A minha bike amanheceu com o pneu furado e rapidamente trocamos com a ajuda dos novos companheiros, tomamos um café da manhã reforçado em uma padaria próximo a Pousada do Peregrino e saímos em direção a cidade de Andradas. O pedal deste dia prometia grandes subidas, pois iríamos passar pelo Pico do Gavião a cerca de 1300 metros de altitude, desceríamos para Andradas a 913 metros e depois subiríamos, para a Serra do Limas 1220 metros de altitude. Logo de inicio na saída de Águas da Prata já iniciamos uma subida íngreme, depois alguns planos e descidas, até chegar a uma subida mais forte, onde encontramos uma cachoeira, depois continuamos as subidas até a região do Pico do Gavião, onde tem rampa de vôo livre. O visual de toda a estrada é muito bonito, com o dia ensolarado foi bem agradável pedalar nessa região, agora o caminho segue sempre estradas de terra, não mais por trilhas em plantações como nos dias anteriores. Nesta primeira parte do dia, a Juliana ficou para trás e disse para irmos indo na frente, o Wagner até ficou junto com ela por um tempo, mas depois nos encontrou. A primeira das muitas trocas de Pneu pelo caminho A primeira das muitas trocas de Pneu pelo caminho Depois de muito subir e passar próximo ao Pico do Gavião, as subidas ficam mais amenas, e começam a aparecer descidas, daí as setas amarelas nos indicam uma estradinha dentro de uma fazenda, abrimos a porteira, curtimos o visual deslumbrante e iniciamos ai sim, uma forte descida, que nos levaria a cidade de Andradas. Descida com pedras soltas, íngreme e bem técnica. Pico do Gavião Pico do Gavião Na cidade carimbamos a credencial em um belo hotel, e pedimos a dica de um restaurante BB ( bom e barato). Chegamos ao restaurante e ao verem que éramos ciclistas fazendo o Caminho da Fé fomos muito bem atendidos pela garçonete. – e as bicicletas não tem perigo de deixar aqui na calçada? Alguém perguntou. E a resposta já na ponta da língua. – Podem entrar com as bikes e colocar ali do lado das mesas. Imaginei se em todos os lugares a bike sempre fosse bem vinda como naquele restaurante, iria ser bem melhor. Visual na descida para Andradas Visual na descida para Andradas Depois de almoçar-mos descansamos na praça central de Andradas que é uma cidade grande (relativamente) tem varias agencias bancarias, é importante saber disso quando se faz uma viagem como esta, e até um certo transito de veículos nas estreitas ruas centrais. O que chamou a atenção dos 5 marmanjos no centro de Andradas foi as belas mulheres da cidade, para onde olhávamos víamos moças bonitas, alguns até ficaram tristes em saber que teriam que continuar pedalando e não aproveitariam a festa do vinho que aconteceria de noite na cidade. Alexandre, Mafra e Wagner na saída de Andradas Alexandre, Mafra e Wagner na saída de Andradas Seguimos em direção a Serra dos Limas, que fica a 13 quilômetros de Andradas, e logo no inicio da estrada de terra passamos próximos de algumas vinícolas locais, acabamos seguindo em frente, mas fica a dica para quem quiser aproveitar e provar o vinho da região. A estrada de terra que leva a Serra dos Limas é bem larga e passa até ônibus, nada muito movimentado, mas sempre quando passava algum veiculo éramos encobertos pela poeira da estrada. A estrada segue e para trás fica a bela paisagem do Pico do Gavião e de toda a região, ao lado, plantações de café surgem, e na frente já se nota a imponente Serra dos Limas. Esta serra é de muito respeito com pedras soltas em alguns trechos da estrada, foi praticamente impossível subir toda ela pedalando, por muitas vezes, não só eu, mas todos os companheiros, fomos obrigados a descer da bike e empurrar, é nesta hora que você lembra que acabou levando bagagem de mais para a viagem. A subida é longa e íngreme em alguns trechos, pelo menos 2 quilômetros são bem íngremes, mas a cada pedalada, ou passo que se dá pra cima, o visual é mais belo. E foi com tranqüilidade que superamos a Serra dos Limas, na minha opinião a mais difícil até este momento da viagem. Quando se chega ao vilarejo, tem um plano e fomos passando por diversas casas, todas espalhadas, o lugar é muito bonito e parece viver do plantio de café, pois são muitos cafezais na região. Depois de passar pela igreja do vilarejo chegamos na pousada de dona Natalina que dá o suporte aos peregrinos que passam pela serra, nos tratou como filhos, nos recebendo muito bem, tomamos uma cerveja, e comemos uma janta deliciosa feita por Dona Natalina. Valeu à pena ter ficado nesta pousada e conhecê-la. Paisagem na subida da Serra dos Limas Paisagem na subida da Serra dos Limas Remendamos algumas câmeras de ar que furaram, foram quatro pneus furados neste dia, dois meus e dois do Mafra, antes de irmos dormir . Pois todos estávamos cansados e sabíamos que teríamos mais um dia de pedal pela frente… Assista ao vídeo do 3º Dia do Caminho da Fé de Bicicleta [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=p-XUck82aFo[/youtube]